Douro
de Manuel Malheiro
40 x 50 cm; acrílico s/ cartão.
«Numa curva da estrada todos estacaram, surpreendidos com a imponência da paisagem, que a luz dum arrebol, todo ouro e sangue, pintava de cores que nunca tinham adivinhado.
O rio mostrava-se em baixo, com um rabelo de vela enfunada aberta à brisa da manhã, rasgando as margens com a sua mancha branca, donde pendia um grande sinal de luto, que adejava solto, e parecia, por vezes, um enorme pássaro negro a planar nas alturas». (Alves Redol, Vindima de Sangue)